Bom dia a todos!
Como vocês estão?
Hoje trago a resenha do livro "Branca de Neve Os Contos Clássicos". Recebi da parceria com a Editora Évora, do selo Generale.
Desde que fiz a inscrição para a parceria com a editora, estava louca por esse livro e... não me decepcionei! Simplesmente impossível parar de ler!
Bom, vamos lá...
Branca de Neve Os Contos Clássicos, é dividido em 3 partes. A primeira apresenta diversos contos sobre a história da Branca de Neve com autores diferentes, de culturas diferentes, além de um comentário ao final de cada um dos contos.
Na segunda parte, fala-se sobre as adaptações do conto para o cinema e teatro, pastiches e HQs. E na terceira, traz um conto exclusivo escrito por Alexandre.
Sempre possui uma imensa curiosidade em ler o conto em seu formato original, não apenas esse, mas todos os outros. Porém, não se sabe qual foi a primeira história contada da Branca de Neve, não existe uma versão original, e sim várias delas, e modificadas ao longos dos séculos por diversos autores, sendo a mais famosa - e mais próxima da que nós conhecemos hoje - a dos irmãos Grimm.
Por ser um livro com vários contos, fica um pouco difícil resenhar, mas vamos lá... (Não falarei sobre todos os contos, apenas nome, por quem foi escrito, ano e local). Quero deixar vocês curiosos... kkkk
O primeiro conto, chamado "Pequena Branca de Neve" foi escrito pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, em 1857. É o conto que se mostra mais próximo do atual.
Nele, a madrasta inconformada com a beleza de Branca, não hesita em fazer com que o caçador traga a ela os pulmões e fígado de Branca para uma deliciosa refeição.
Porém, vocês sabiam que a primeira versão do conto publicada pelos irmãos, em 1812, não era direcionada ao público infantil? Ou que, nessa história original, Branca de Neve não era ''caçada'' pela madrasta e sim, por outra pessoa próxima?
O segundo conto, "A Jovem Escrava", foi escrito por Giambattista Basile, em 1634, na Itália. O terceiro, "Árvore-Dourada e Árvore-Prateada", de Joseph Jacobs, em 1892, Escócia.
O quarto, "Maria, a madrasta má e os sete ladrões", escrito por Laura Gonzenbach, na Itália, em 1870. O quinto, "O Caixão de Cristal", foi escrito por Thomas Frederick Crane, na Itália, em 1885.
O sexto, "A morte dos Sete Anões", escrito por Ernst Ludwig Rochholz, na Suíça, em 1856, é o conto mais curto do livro e o mais pessimista.
O sétimo e último conto da primeira parte do livro, "A fábula da princesa morta e dos sete cavaleiros", de Alexander Pushkin, na Rússia em 1833. Ele encerra essa parte com chave de ouro, apresentando uma particularidade. Esse conto, nada mais é do que um poema narrando a história de Branca de Neve.
Pode-se perceber, que mesmo que os contos sejam diferentes, sofrendo a influência da localidade e época onde foram escritos, todos apresentam particularidades semelhantes. A inveja e ciúme constantemente presentes, sendo os catalisadores de todas as maldades ocorridas na história, sejam cometidos pela madrasta ou pela própria mãe da protagonista.
É importante também ressaltar, o quanto, em certos relatos, o pai da protagonista é omisso ou pouco interessado, sendo responsável direta ou indiretamente pelas maldades da madrasta.
Outra coisa impactante nas histórias, é em como Branca de Neve é submissa em relação a seu destino, colocando-o sempre nas mãos de terceiros, além do salvamento da protagonista ser feito por um príncipe, no mínimo, esquisito, que conhece a menina morta e torna-se obcecado por ela.
A necrofilia está presente em quase todas as histórias, o que não ocorre com a versão da Disney, onde o príncipe conhece a jovem ainda viva. O canibalismo, por parte da madrasta, também é um aspecto recorrente.
É também, interessante saber que dentro de alguns contos da Branca de Neve, podemos perceber outros, como
Há também diversas informações sobre as adaptações do clássico em filmes, peças e HQs.ai Por exemplo, vocês sabiam que Branca de Neve já possuiu adaptações voltadas para o terror e até mesmo para a indústria de filmes adultos?
Até mesmo, Neil Gaiman, autor mundialmente conhecido, escreveu sua versão do conto.
Por último, podemos conferir o conto inédito, escrito pelo organizador do livro e responsável pelos excelentes comentários ao final de cada conto, Alexandre Callari. Em sua versão, vemos uma Branca de Neve diferente, mais ativa. É possível observar o amadurecimento da protagonista ao longo da narração. Com personagens e cenários bem desenvolvidos, Alexandre trás uma história completamente inovadora.
Branca de Neve Os Contos Clássicos, é uma ótima pedida aos que tem curiosidade e gostam de saber sobre como eram os contos de fadas na antiguidade. O livro apresenta uma linda diagramação, com bordas desenhadas, demonstrando o enorme cuidado que a editora teve em sua preparação. É incrível observar o poder que essas histórias ainda exercem sobre as pessoas, mesmo após tanto tempo. Com certeza, os contos de fadas são uma herança, deixada por escritores. Uma linda obra imortalizada.
Não deixem de ler! Esse livro é maravilhoso! Sempre gostei de saber como eram essas histórias, de modo mais profundo, e o livro me trouxe exatamente isso. Foi maravilhoso conhecer outras versões da história que tanto marcou minha infância. Seria maravilhoso se outros contos como A Bela Adormecida e Cinderela, fossem analisados de forma tão profunda.
Com certeza absoluta, 5 estrelas para esse livro!
Espero que tenham gostado!
Por hoje é só...
Beijinhos